Na última sexta-feira (8), a Reitora em exercício, Profa. Dra. Maria Luiza Moretti, esteve presente no evento “Mulheres e Instituições”, ocorrido na Universidade de São Paulo (USP), ao lado do Prof. Dr. Carlos Gilberto Carlotti Júnior, Reitor da USP; da Profa. Dra. Maria Arminda do Nascimento Arruda, Vice-reitora da USP e Vice-presidente do Centro Observatório das Instituições (COI); de Ricardo Lewandowski, Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública e Presidente do Centro Observatório das Instituições (COI); da Profa. Dra. Raiane Patrícia Severino Assumpção, Reitora da UNIFESP; da Profa. Dra. Cláudia Regina Vieira, Pró-reitora de Assuntos Comunitários e Políticas Afirmativas da UFABC; da Profa. Dra. Ana Elisa Bechara, Coordenadora do Grupo de Trabalho de Gênero do Centro Observatório das Instituições (COI).
O fórum foi organizado pelo Centro Observatório das Instituições (COI), organismo que reúne professores, pesquisadores e personalidades brasileiras, com o objetivo de desenvolver atividades científicas relacionadas ao ensino, à pesquisa e à extensão. Presidido pelo ex-ministro do STF e atual ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, o Observatório atua em seis áreas: gênero, democracia, desigualdade, meio ambiente, cultura e segurança.
Realizado no Dia Internacional da Mulher, o fórum teve por objetivo discutir o enfrentamento da desigualdade de gênero nas carreiras científicas e no Sistema de Justiça do Brasil.
A reitora em exercício, Profa. Dra. Maria Luiza Moretti, apresentou dados da Unicamp, para demonstrar a falta de equidade de gênero. Segundo os dados apresentados, apenas 8,3% dos cargos de direção, nos órgãos e institutos da Unicamp, são ocupados por mulheres e 58,3% dos cargos de diretoras associadas — que são equivalentes ao de vice-diretora — são ocupados por mulheres. “Por que a mulher chega à vice-diretora e não à diretora?”, questionou Moretti.
Moretti continuou, informando que um fenômeno semelhante ocorre no desenvolvimento da carreira docente das mulheres. Dados da Unicamp mostram que a Universidade conta com 44% de mulheres no nível MS3-1, ponto inicial da carreira, mas ocupam apenas 27% das vagas para professor titular. A professora defende, que essa situação merece uma investigação sobre os fatores responsáveis pelas mulheres não avançarem na carreira.
Durante o fórum, foi formalizada a criação de um grupo de trabalho para padronizar as bases de dados relativas a gênero, em todas as universidades públicas do estado de São Paulo.
*Confira matéria original no Portal da Unicamp
Confira matéria no Jornal da USP
Assista ao vídeo: As Mulheres e as Instituições