Na última segunda-feira (11), a Unicamp recebeu a Comissão de Educação Municipal de Pequim (China). A visita faz parte de uma incursão da delegação chinesa à América Latina.
A Comissão foi composta por: Sr. Zhang Yaotian, Diretor Geral Adjunto; Sra. Xu Jianshu, Oficial de classificação; Sr. Song Xiaohui, Diretor da Divisão Pessoal/Professor Escritório Gerencial; Sra. Yan Zhe, Diretora de Divisão; Sr. Du Rongzhen, Secretário; Sra. Ma Lu, Diretora do Escritório de Cooperação Internacional.
A reitora em exercício, Profa. Dra. Maria Luiza Moretti, deu as boas vindas aos integrantes da delegação, dizendo que a Unicamp apoia a iniciativa da Comissão em fortalecer o intercâmbio internacional entre Brasil e China. “Esse interesse vem ao encontro da nossa expectativa de internacionalizar o ensino nos nossos colégios técnicos”, afirmou Moretti, em referência ao Colégio Técnico de Campinas (Cotuca) e ao Colégio Técnico de Limeira (Cotil), cujo ensino médio é um dos focos da internacionalização da Comissão.
O encontro foi organizado pelo Instituto Confúcio, representado pelo Prof. Dr. Gao Qinxiang e Prof. Dr. Bruno de Conti e pela Diretoria Executiva de Relações Internacionais da Unicamp (DERI), representada pelo Prof. Dr. Rafael de Brito e Sra. Mayara Moraes. Também participaram do encontro, o Pró-reitor de Graduação, Prof. Dr. Ivan Toro e representantes dos Colégios Técnicos, Prof. Dr. Luiz Seabra Junior (Cotuca), Prof. Dr. Alan Yamamoto (Cotuca), Prof. Dr. Augusto da Silveira (Cotil) e os professores doutores: Arnaldo Pinto Junior ( Espaço de Apoio ao Ensino e Aprendizado – EA2) e Gustavo Tenório (Faculdade de Ciências Médicas).
Considerando a importância de Pequim para a China, como centro político, econômico e cultural, assim como centro de intercâmbio internacional e centro de inovação científica e tecnológica, o papel dos estudantes internacionais é central para a difusão da história e da cultura chinesas. O intercâmbio internacional é considerado um instrumento de promoção da conectividade para a construção de uma comunidade que compartilham o futuro e o respeito à humanidade.
O propósito do encontro foi discutir o futuro dos intercâmbios entre Pequim e o estado de São Paulo. A capital da China tem muitas universidades de primeira classe e, aproximadamente, 100 universidades e instituições de pesquisa científica, além de muitas empresas multinacionais e empresas líderes de alta tecnologia. Esse ambiente é capaz de proporcionar aos estudantes internacionais um ambiente de muita aprendizagem e desenvolvimento profissional e pessoal.
Atualmente, Pequim conta com estudantes internacionais de 184 países e regiões, em 90 universidades e instituições de pesquisa científica.
O Diretor-geral da delegação de Pequim, Zhang Yaotian, destaca a inovação e a continuidade, além do intercâmbio, como focos principais da missão internacional. “É possível perceber que a Unicamp é pioneira nesses quesitos, não só no Brasil, mas internacionalmente. Tem os mesmos objetivos e está no mesmo caminho que a China”, analisou. A Oficial de classificação, Sra. Xu Jianshu, ressalta a importância do incentivo para uma educação diferenciada, como forma de preparação para o mercado de trabalho. Mencionou as tecnologias de comunicação nas universidades, cujo ensinamento é realizado em diversas línguas, por meio de uma plataforma para mais de 1000 alunos.
Para o Diretor da Divisão Pessoal/Professor do Escritório Gerencial, Sr. Song Xiaohui, a parceria com o Brasil é importante para preparar professores de países em desenvolvimentos, além de parceria para que os alunos obtenham duplo diploma – China e Brasil.
O Pró-reitor de Graduação, Prof. Dr. Ivan Toro, destacou a importância da internacionalização e a preocupação com a inclusão de alunos advindos de escolas públicas e em situação de vulnerabilidade, além da preocupação com o treinamento de professores. Para o professor Arnaldo, do EA2, a China avança no oferecimento de oportunidades de ensino e internacionalização e esse diálogo pode ser importante para agregar tecnologia ao ensino e aprendizado.
O diretor do Cotil, professor Augusto da Silveira, mencionou os cursos do colégio técnico, com foco industrial, como áreas da construção civil, mecânica, processo de qualidade, e os cursos de enfermagem e prótese dentária, além de dois novos cursos – técnico em saneamento e mudanças climáticas. O professor acredita que os colégios técnicos podem ser a ponte para esse intercâmbio pretendido pela Comissão chinesa. Para o professor Luiz Seabra, diretor do Cotuca, é preciso investir na educação do jovem, com foco na troca de experiências.
O professor Bruno de Conti, diretor do Instituto Confúcio, informou que cresce o interesse pela língua chinesa, com 600 alunos matriculados, entre de nível superior e médio.
Os pontos que marcaram o encontro foram a possibilidade de troca de tecnologias entre os dois países, a possibilidade de fortalecer o intercâmbio de alunos – tanto do ensino médio quanto de nível superior (graduação e pós-graduação), além do aprendizado mútuo entre as duas instituições.
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Sobre o “Study in Beijing”
Com o objetivo de proporcionar estudos no exterior, a jovens estudantes e talentos de todo o mundo, com vantagens competitivas internacionalmente e promover o desenvolvimento de alta qualidade da cooperação internacional e intercâmbios em educação, nas diferentes fases da vida estudantil, Pequim lançou 10 políticas em quatro seções principais, abrangendo estudos no exterior.
A primeira seção é criar cuidadosamente a seção “Compreender Pequim”; lançar um site de serviço completo em vários idiomas e vários cenários para estudar em Pequim, expandir o escopo das atividades de promoção de estudos no exterior e convidar jovens estudantes de todo o mundo para conhecer e compreender melhor Pequim.
A segunda seção é criar cuidadosamente a seção “Estudar em Pequim” para fornecer materiais educacionais diversificados e personalizados; melhorar o sistema de garantia de qualidade da educação, fornecer apoio a bolsas de estudo para estudantes internacionais, melhorar a experiência de estudo no exterior, de estudantes internacionais, melhorar a qualidade do ensino de educação internacional e satisfazer as necessidades educacionais individualizadas dos estudantes internacionais.
A terceira seção é criar cuidadosamente a seção “Integração em Pequim”; otimizar os serviços para estudar em Pequim, incentivar os estudantes chineses e estrangeiros a se integrarem e se comunicarem; incentivar os estudantes internacionais a se integrarem na vida social de Pequim, promover melhor os estudantes internacionais a sentirem e experimentarem Pequim durante a sua estadia na capital e fortalecer o intercâmbio cultural.
A quarta seção é criar uma seção “Fique em Pequim” para fornecer serviços de estágio, emprego e empreendedorismo; apoiar a educação continuada e a residência de talentos estrangeiros, que trabalham em Pequim; incentivar jovens estudantes de destaque de todo o mundo a se desenvolverem em Pequim após a formatura, e contribuir para o desenvolvimento econômico e social de Pequim.
Em abril de 2024, o presidente Lula visitou a China, levando as relações China-Brasil a um novo marco. Este ano marca o 50º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países.
